Num horizonte previsível, o desenvolvimento da Sociedade assentará num consumo crescente dos recursos geológicos. O aumento recente dos preços das matérias-primas minerais e energéticas decorre em grande parte do aumento desse consumo.

Ao contrário do que aconteceu no último quartel do século passado, em que o surgimento de novos paradigmas ligados ao ambiente e ao desenvolvimento sustentável levou, conjunturalmente, a um acentuado declínio da área dos recursos minerais – o encerramento das minas em quase toda a Europa foi um claro sinal – e a uma consequente perda de imagem das áreas das Ciências da Terra, pensamos que esta nova tendência de crescimento do consumo dos recursos minerais irá mudar completamente a configuração procura/oferta dessas mesmas áreas.

Assim, é previsível que não só se assistirá a uma maior procura de Engenheiros de Minas, como o perfil exigido para estes se modificará consideravelmente de modo a dar resposta à gestão dos recursos num modelo de sustentabilidade compatível com os grandes paradigmas da gestão dos recursos naturais e do ambiente.

Objetivos

O programa de formação apresentado tem como objetivo uma formação integrada dos futuros licenciados em áreas como:

 Reconhecimento, caracterização, génese dos processos geológico-ambientais;

 Métodos de tratamento de dados espaciais e temporais;

 Interpretação, de forma integrada, dos dados geológico-ambientais.

Saídas profissionais

Na perspetiva da UTANGA, a formação dos profissionais de engenharia deve assegurar diversas capacidades, entre as quais: prospetiva, conceber, planear, projetar, executar, controlar, operar, gerir, manter, comunicar (muitas vezes em diferentes línguas), inovar, experimentar, ensinar, fiscalizar, auditar.

Estas capacidades devem conferir ao Engenheiro Geológico e de Minas quatro níveis diferentes de intervenção profissional:

 Execução

 Coordenação

 Auto aprendizagem e estudo

 Conceção e inovação

A UTANGA aposta assim, de forma clara na formação de Engenheiros Geológicos e de Minas com capacidade para conceção e integração de conhecimentos e capazes de lidar com questões complexas, o que obriga à aquisição de um conjunto conjunto muito diversificado de saberes e vastas competências em Ciências Básicas e de Engenharia.

O futuro engenheiro terá, assim, competências para o exercício de funções técnicas, de Direção e de Chefia, nomeadamente:

 Em empresas mineiras;

 Em serviços de planeamento de empresas e da Administração Pública;

 Em empresas e equipas de consultoria nas áreas reconhecimento, caracterização, génese dos processos geológico-ambientais, tratamento de dados espaciais e temporais e interpretação de dados geológico-ambientais.

 Em empresas de projetos na área geológico-mineira;