UE mobiliza esforços para erradicar o vírus do ébola e atenuar o seu impacto

02-03-2015

Apesar de os esforços internacionais terem contribuído para reduzir o número de contágios pelo ébola nos últimos meses, é fundamental manter essa dinâmica, a fim de se evitar um forte aumento de novos casos. A conferência desta terça-feira tem o objectivo de apoiar a mobilização internacional e planear os próximos passos na luta contra o actual surto e o vírus do ébola em geral. A conferência é copresidida pela União Europeia, os Presidentes da Guiné, Libéria e Serra Leoa, as Nações Unidas, a União Africana e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), e reúne os principais intervenientes internacionais, com vista a preparar as medidas necessárias para reduzir a zero o número de infecções de ébola, bem como medidas para ajudar os países afectados a recuperar dos enormes choques que a epidemia provocou nos seus cidadãos e economias. Jean-Claude Juncker, Presidente da Comissão Europeia, declarou que «a erradicação do ébola e a garantia de um desenvolvimento sustentável das regiões afectadas são a melhor forma de honrar a memória das vítimas. Gostaria de prestar homenagem a todos aqueles que participaram na resposta ao surto com conhecimentos especializados, dedicação e coragem. Em conjunto com os Estados-membros mobilizámos mais de 1,2 mil milhões de euros para a luta contra esta doença e continuaremos a ajudar até ganharmos a luta contra o ébola». A Alta Representante/vice-Presidente da UE, Federica Mogherini, acrescentou que «o ébola é um desafio que devemos continuar a enfrentar em conjunto, rapidamente e a longo prazo, nomeadamente para garantir que no futuro nenhuma outra epidemia venha a ter um efeito tão devastador». A conferência de hoje irá analisar os progressos realizados e definir medidas concretas para garantir que as verbas prometidas são disponibilizadas e manter o apoio internacional (equipas médicas, laboratórios, epidemiologistas, meios de investigação e outros recursos) até à eliminação de todos os casos de ébola; Tornar a resposta mais móvel e flexível; Promover a cooperação regional; Ajudar o trabalho dos países na África Ocidental em matéria de prevenção, contenção e preparação, contribuindo para garantir que nenhuma outra epidemia venha a ter um efeito tão devastador no futuro. Criar sistemas de saúde resilientes nos países afectados, com um controlo reforçado das infeções e capacidade para aderir ao Regulamento Sanitário Internacional, e melhorar a governação e a responsabilização nos países afetados são também pontos a analisar no encontro. Os domínios prioritários de recuperação incluem a retoma e a melhoria dos serviços básicos (saúde, educação, água, saneamento) e a necessidade de voltar ao desenvolvimento económico sustentável. Na conferência de hoje, os Governos da Guiné, Libéria e Serra Leoa apresentam ainda as suas avaliações e planos nacionais de recuperação.

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