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Novo Chefe do Estado-maior das Forças Armadas pretende unir as FASTP
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Para que esta coesão se concretize, Horácio de Sousa acrescentou que precisa de «tomar contacto com a situação internamente» e envolver «todos que ali labutam, oficiais no activo, na reserva e na reforma, e inclusive o pessoal civil». Para dar volta à situação, o novo homem forte das FASTP conta também com o apoio dos parceiros de cooperação. Promovido esta sexta-feira, 3 de Julho, a brigadeiro pelo Presidente da República, Manuel Pinto da Costa, momentos antes da tomada de posse, Horácio de Sousa não definiu as suas prioridades. «Nas Forças Armadas não podemos identificar prioridades. Nós temos um plano de acção e através deste plano é que desencadeamos as nossas actividades», argumentou. Entretanto, no seu discurso perante os militares na parada do Quartel-general, o oficial levantou um pouco mais o véu relativamente à sua agenda. Garantiu que as reformas em curso vão continuar para melhor adequar as FASTP, sem perder a eficiência e a eficácia nas tarefas que lhe são confiadas. A cerimónia de tomada de posse no Palácio do Povo foi testemunhada por representantes dos órgãos de soberania, o decano dos Embaixadores acreditados em São Tomé e Príncipe, os dois últimos Chefes de Estado-maior das FASTP e quadros da Presidência. Alguns partidos políticos na oposição interpretam a nomeação de Horácio de Sousa como uma vitória do ADI, porque ele regressa à hierarquia suprema das FASTP depois de ter sido afastado como vice de Felisberto Segundo, na sequência da insubordinação registada em Fevereiro de 2012, com a recusa de prestação das honras militares ao Chefe de Estado que saía em missão oficial para o exterior do país. Outras formações consideram que é um «mal menor» para a força no poder. Na análise, admitem mesmo que o incidente que vitimou o cidadão visto por uma patrulha militar a retirar areia ilegalmente numa praia da capital teria sido provocado para pressionar o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas a aceitar a proposta de um oficial da confiança do actual poder, mesmo que não preenchesse os requisitos legais, com o pretexto da necessidade de se pôr cobro à desordem nas forças castrenses. O falecimento de Nino Gentil alterou o cenário, porque podia pôr em causa a permanência do ministro da Defesa e do Mar no Executivo. Foram necessários seis meses aproximadamente para nomear o substituto de Justino Lima, que caiu em desgraça com a publicação de um vídeo amador nas redes sociais em que é visto a espancar um ladrão, que também já tinha cometido assassinato. Grande parte da opinião pública está convencida que foi uma manobra do actual poder para afastar o que era considerado um homem de confiança do Presidente da República, com o objectivo de partidarizar todos os sectores da vida nacional.Fonte: Luanda Digital