Aministia Internacional acusa exército nigeriano de crimes de guerra

02-06-2015

O relatório da Amnistia Internacional (AI), «Divisas de estrelas nos ombros, sangue nas mãos» conclui que desde que está a combater o grupo terrorista Boko Haram, o exército nigeriano já terá levado à morte de milhares de pessoas, algumas por execução sumária, mas a maioria de fome ou falta de assistência médica em prisões e centros de detenção. A organização humanitária considera que estas mortes constituem crimes de guerra e pede que os quadros militares sejam investigados e responsabilizados, chegando a indicar mesmo os nomes de militares de alta patente que estão encarregues de combater o grupo Boko Haram. No relatório, a AI identificou cinco militares de alta patente que estão encarregues de combater o grupo Boko Haram no Norte da Nigéria desde 2012. Para além das mortes, esta organização acusa ainda os militares de terem prendido mais 20 mil pessoas sem qualquer razão e de praticarem actos constantes de tortura nos prisioneiros. A AI fundamenta as acusações através de entrevistas com vítimas, familiares, testemunhas e activistas dos direitos humanos e até mesmo vídeos e várias fotografias que mostram militares a cometer graves violações. A organização falou ainda com oito fontes militares e terá consultado 800 documentos que mostram as comunicações entre os militares colocados no terreno e os principais postos militares. A organização deixa um apelo ao recém-eleito presidente Muhammadu Buhari para «pôr fim à cultura de impunidade que prospera na Nigéria» com apoio da União Africana e da comunidade internacional.

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