A Guiné-Bissau enfrenta uma crise crónica no setor da educação devido às constantes instabilidades políticas e governativas que têm marcado o país. Este cenário reflete-se em greves recorrentes de professores e na precariedade das infraestruturas escolares. As escolas públicas sofrem com a falta de materiais básicos e de investimentos necessários para assegurar condições dignas de aprendizagem.

Devido à situação, muitos pais optam por transferir os seus filhos para escolas privadas, onde os custos são altos, mas a qualidade do ensino é mais garantida. Este fenómeno aumenta as desigualdades no acesso à educação e penaliza ainda mais as famílias mais vulneráveis.

Especialistas alertam que a politização do sistema de ensino, como as nomeações de diretores com base em critérios políticos em vez de técnicos, é um fator que agrava a crise. É urgente que o governo implemente reformas estruturais para garantir o financiamento adequado e priorize a educação como pilar essencial para o desenvolvimento nacional.

A população, especialmente os jovens, continua a pagar o preço da instabilidade, com taxas de abandono escolar a aumentarem e um futuro incerto para as próximas gerações.