Falta de Investimento Afeta Gravemente a Qualidade do Ensino Superior em Angola
Falta de Investimento Afeta Gravemente a Qualidade do Ensino Superior em Angola
A qualidade do ensino superior em Angola está em declínio, um problema que o Sindicato Nacional dos Professores (Sinprof) atribui à falta de investimentos por parte do governo. O secretário-geral do sindicato, Adelino Assunção, manifestou publicamente a sua preocupação, destacando a necessidade urgente de ações concretas para reverter esta situação.
De acordo com Assunção, o sistema de ensino superior angolano enfrenta diversos desafios, que vão desde a infraestrutura inadequada até à escassez de recursos materiais e humanos. Estes problemas são agravados pela carência de investimentos, o que impede a modernização das universidades e a melhoria da qualidade do ensino.
Outro ponto de destaque é a falta de incentivos para os professores, que muitas vezes se veem desmotivados diante das más condições de trabalho e dos baixos salários. O representante do sindicato frisou que sem professores qualificados e motivados, é impossível garantir um ensino de qualidade.
Além disso, a precariedade das infraestruturas educacionais e a ausência de tecnologia avançada nas salas de aula tornam-se obstáculos insuperáveis para o desenvolvimento do conhecimento e para a formação de profissionais capacitados. As instituições de ensino enfrentam dificuldades em proporcionar um ambiente propício para o aprendizado, o que, segundo o Sinprof, resulta na formação de graduados com pouca preparação para o mercado de trabalho.
O sindicato também destacou a necessidade de uma reforma profunda no setor educacional, que envolva não apenas o aumento do financiamento, mas também a implementação de políticas que visem o desenvolvimento contínuo dos docentes e a melhoria das condições de trabalho nas universidades. Essas ações são vistas como essenciais para garantir que o ensino superior em Angola possa cumprir seu papel na formação de uma geração capaz de enfrentar os desafios do futuro.
Por fim, Adelino Assunção alertou que, se medidas concretas não forem adotadas em breve, o país corre o risco de ver sua juventude sendo formada em um sistema incapaz de atender às demandas de um mundo cada vez mais competitivo e tecnológico. O Sinprof pede, assim, uma maior atenção e prioridade por parte das autoridades competentes, para que o ensino superior em Angola possa voltar a trilhar um caminho de qualidade e excelência.