"Primeiro Fausto" de Fernando Pessoa é uma obra inacabada e altamente introspectiva, onde o poeta explora questões existenciais profundas, como a natureza do eu, o sentido da vida e a busca pelo absoluto. Diferente do "Fausto" de Goethe, que foca na relação entre o homem e o demoníaco, o *Primeiro Fausto* de Pessoa mergulha na relação conflituosa do homem consigo mesmo.

A narrativa de Pessoa não segue uma trama convencional; ao invés disso, é uma coleção de fragmentos, monólogos e reflexões poéticas, onde Fausto questiona a própria existência, o vazio da vida e a incapacidade humana de alcançar o conhecimento total ou uma verdade absoluta. Pessoa usa Fausto como um símbolo do homem moderno, perdido entre o desejo de transcendência e a impossibilidade de encontrar respostas definitivas.

Esta obra é uma das mais filosóficas e complexas de Pessoa, trazendo temas como o niilismo, a fragmentação do eu e o questionamento do propósito da existência. "Primeiro Fausto" reflete a visão pessimista e angustiante de Pessoa sobre a condição humana e a impossibilidade de encontrar paz ou sentido completo, fazendo dele uma obra essencial para compreender o lado mais sombrio e introspectivo do poeta.