"A Rosa do Adro" é um romance do autor português José Rodrigues Miguéis, publicado em 1947. A obra se passa em uma pequena aldeia portuguesa e narra a história de uma jovem chamada Rosa, que vive um dilema emocional e social entre a tradição e o desejo de liberdade.

O enredo gira em torno da vida de Rosa e das complexidades de sua experiência enquanto mulher em uma sociedade conservadora. Ela é retratada como uma figura de força e vulnerabilidade, lidando com as expectativas familiares e as pressões sociais. A narrativa explora temas como amor, sacrifício, e a busca por identidade em um mundo que muitas vezes limita as escolhas das mulheres.

Miguéis utiliza uma prosa rica e poética, com descrições vívidas do ambiente rural e dos costumes da época, criando uma atmosfera que mergulha o leitor na cultura portuguesa. O autor também faz uso de um estilo introspectivo, permitindo que os leitores compreendam os conflitos internos de Rosa e sua luta por autonomia.

"A Rosa do Adro" é, portanto, uma reflexão sobre a condição feminina e as tensões entre a vida pessoal e as obrigações sociais, apresentando uma crítica à sociedade patriarcal e uma busca pela individualidade e pela autoafirmação. A obra é considerada um marco na literatura portuguesa, destacando-se pela profundidade emocional e pela relevância de seus temas.