Guiné-Bissau: FISCAP regista duas pessoas desaparecidas em naufrágio ao largo do Mar de Cacine

29-03-2015

Num total de 13 pessoas que seguiam viagem de regresso a Cacine, na sua maioria elementos da força de protecção, entre militares da Marinha Nacional, da Guarda Nacional e Polícia, 11 pessoas foram resgatadas com vida. Os dois desaparecidos eram militares da Marinha Nacional. O sinistro ocorreu concretamente numa localidade identificada com o nome de Pamparira, situada entre a Ilha de Cadiko e Cacine, pouco depois das 16.30 horas, quando a vedeta em que seguiam estes militares, incluindo o Director Técnico do FISCAP, Pedro Gomes, embateu no Marão do mar, que na altura era um pouco agitado, tendo a embarcação ficado danificada, afundando-se de seguida. De acordo com Sumba Nansil, um dos sobreviventes deste naufrágio, os motivos prenderam-se com o mau tempo, pois o mar estava com alguma agitação, excesso de velocidade e a vedeta andava contra-maré. «Vínhamos de Kadico, o ultimo lugar desta operação, a vedeta andava com muita velocidade, o vento estava também contra nós. Quando embatemos nas águas que tinham ondas excitadas a vedeta abriu-se no meio e acabámos por nos afundar no mar», disse Nansil. Segundo esta testemunha, algumas das pessoas nesta embarcação não tinham coletes salva-vidas, no caso dele mesmo, o que complicou ainda mais a situação e uma das pessoas desaparecidas não sabia nadar. «Quando isto se deu refugiámo-nos em bidões vazios que tínhamos no barco, como salva-vidas, até que apareceu a segunda vedeta que tinha ficado atrás, pouco mais de 15 minutos depois de naufrágio», relatou. Momentos antes de atracar em Cacine, a embarcação de pronto-socorro foi reforçada com outras três que foram comunicadas a partir de Cacine, porque esta já andava com excesso de carga. Entretanto até esta segunda-feira, 30 de Março, a PNN falou com o Coordenador do FISCAP, Cipriano Fernandes, que se deslocou a Cacine, assim como todas as autoridades regionais da província sul, para reforçar a busca e salvamento, tendo informado que não havia sinais de encontrar nenhuma pessoa entre as desaparecidas, com poucas hipóteses se serem resgatadas com vida. «Até então temos no terreno 14 embarcações, entre vedetas e canoas a motor, mas infelizmente não há nenhum sinal», lamentou Fernandes. Perante esta situação, uma fonte do FISCAP confidenciou à PNN que esta operação vai continuar por outros locais da Guiné-Bissau, onde ainda se encontram pescadores ilegais que operam no território nacional. Em termos de trabalhos já foram desmantelados nove acampamentos em quatro semanas de operações nos sectores de Komo e Cacine, nomeadamente na Ilha de Dabancore, Ilha de Contaia, acampamento de Aladje Mália, Ilha de Canancok, Ilha de Katabam, acampamento de Camuntulo, Ilhéu de Colber, Ilha de Caiar, e a última na Ilha de Kadico. Em declarações à PNN, Pedro Gomes, Director Técnico do FISCAP, disse que todos os acampamentos identificados nestes sectores já foram destruídos, pelo que os próximos passos vão ser para as regiões de Bolama Bijagós, região de Bafatá e a região de Quinara, onde foram localizados outros acampamentos de pesca ilegal. O Serviço Nacional de Controlo e Fiscalização em Actividades de Pesca deve falar nas próximas horas em conferência de imprensa sobre o naufrágio da sua vedeta no largo do Mar de Cacine, a 28 de Março do ano em curso.

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